SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS - SPDA

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

NR-35 Norma que regulamenta trabalho em altura entra em vigor

NR-35 prevê gestão com planejamento, organização e adoção de medidas para evitar acidentes
Aline Rocha



A Norma Regulamentadora nº 35, que trata do trabalho em altura e define requisitos para proteção dos trabalhadores, começou a valer a partir desta quinta-feira (27). 

O texto foi publicado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em março deste ano.

As empresas tiveram seis meses para se adaptar às exigências da NR-35. Uma das novidades é que o novo texto possui obrigações que alcançam empresas de todos os setores, além da própria construção civil. Entre eles, estão os segmentos de telecomunicações e energia elétrica.

A NR-35 tem o objetivo de fazer com que as empresas adotem uma gestão de trabalho em altura, que envolva planejamento, organização e adoção de medidas técnicas para evitar acidentes ou minimizar as consequências das quedas de altura. 

A gestão deve envolver, além da análise de risco da atividade, um programa de capacitação.

Como o prazo previsto para adaptação chegou ao fim, os auditores fiscais do trabalho começarão a inspecionar estabelecimentos pra verificar o cumprimento da norma regulamentadora. 

O descumprimento das obrigações pode gerar autos de infração ou, em casos mais graves, interdição do local. A multa varia entre R$ 402,23 e R$ 6.078,09, dependendo da gravidade da infração e do porte da empresa.

De acordo com o MTE, o capítulo 3 e o item 35.6.4 só passarão a valer no dia 27 de março de 2013. 

A íntegra da NR-35 está disponível no site do Ministério do Trabalho. 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

CONGRESSO PARA PROFESSORES ABORDA A SEGURANÇA NO USO DA ELETRICIDADE

A terceira edição do ENADSE (Encontro Nacional Abracopel de Atualização Docente em Segurança com Eletricidade) pode ser resumida em uma palavra: sucesso! 

O evento é organizado pela Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade) e conta com o apoio do Projeto Leonardo Energy.



Realizado entre os dias 20 e 24 de agosto, o congresso reuniu quase cem professores de onze Estados (RS, PR, SP, RJ, MG, BA, DF, PI, MA, TO, AM), a maior parte de unidades do Senai, dos institutos federais de ensino e das escolas do Centro Paula Souza.

A programação abordou temas como média tensão, perícia em fraude, o novo texto da NBR 5419 (SPDA), proteção contra sobretensões transitórias, NR-20 e áreas classificadas, linhas elétricas e normalização, entre outros. 

As palestras foram ministradas por especialistas e em cada dia houve também apresentações de produtos e mini cursos práticos oferecidos pelas empresas e entidades apoiadoras (3M, ABPEx, Brady, CPFL, Daisa, Editora Erica, Fastweld, Finder, Legrand, Minipa, Obo Bettermann, Portal Voltimum, Procobre, Revista O Setor Elétrico, Schneider e Sindicel).

O Canal Linha Viva cobriu o evento e organizou uma divertida gincana que movimentou a manhã de quinta-feira. 

Nas noites, jantares especiais para a confraternização dos participantes.

“Comemoramos a missão cumprida. Certamente atingimos o nosso objetivo maior, que foi o de multiplicar informações de segurança em eletricidade para um público altamente crítico e formador de opinião: 

o professor”, avalia Edson Martinho, diretor-executivo da Abracopel.

Confira fotos e informações sobre o dia a dia do evento no blog da Abracopel.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Raio ascendente é registrado em São Paulo durante o inverno

Agência FAPESP – Pesquisadores do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram um raio ascendente em São Paulo durante uma tempestade de inverno.


Descargas atmosféricas que partem do solo e se propagam em direção a nuvens foram registradas pela primeira vez no Brasil este ano (Elat)

No início do ano, os pesquisadores do Elat registraram pela primeira vez imagens desse tipo de raio no Brasil que, em vez de descer das nuvens e atingir o solo – como ocorre com a maioria das descargas atmosféricas –, parte de algo na superfície e se propaga em direção à nuvem.

Recentemente, registraram durante uma tempestade de inverno mais um raio ascendente, que partiu de uma das torres de telecomunicações instaladas no Pico do Jaraguá, em São Paulo. 

O que chamou a atenção dos pesquisadores foi a quase total ausência de raios durante a tempestade que gerou o raio ascendente.

“Foi uma sorte registrar esse raio ascendente, pois não havia nenhum indício de atividade elétrica na nuvem”, disse Marcelo Saba, pesquisador do Elat e responsável pelas observações.

De acordo com Saba, a constatação revelou, de forma inédita, que, mesmo na ausência de raios descendentes – que descem das nuvens e atingem o solo –, os raios ascendentes podem acontecer.

Mais informações: www.inpe.br/elat

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A cada dois dias, uma pessoa morre por choque elétrico em São Paulo

Em 2010, último dado consolidado disponível, foram registrados 167 óbitos. Das 1.225 hospitalizações registradas em 2011, 77% eram masculinas.

SXChu

Secretaria de Saúde de SP  Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que praticamente a cada dois dias, em média, uma pessoa morre em decorrência de descarga elétrica em todo o Estado. 

Em 2010, último dado consolidado disponível, foram registrados 167 óbitos. Destes, 157 eram homens (94%), com idade entre 30 e 49 anos (81 casos). Os homens também lideram o ranking das internações provocadas por contato a corrente elétrica. 

Das 1.225 hospitalizações registradas em 2011, 77% eram masculinas. De acordo com o supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau) da Secretaria, Gustavo Feriani, a realização das atividades laborais é a principal razão para que a maioria das vítimas seja masculina. 

"Os homens fazem serviços de obras ou reparos em domicílio, muito próximos à rede elétrica. 

Na grande maioria das vezes, infelizmente, sem equipamentos de proteção ou cuidados específicos para essa atividade", explica Feriani. 

Além disso, houve um crescimento de 91% dos casos de internação por conta à exposição à corrente elétrica nos últimos quatro anos. 

Em 2008, foram 642 registros de hospitalização. Em 2009 houve 1.004 internações e, em 2010, 1.031 hospitalizações. Nestes últimos quatro anos, a região de Piracicaba é a que mais acumulou casos de internações (2.584), seguida da Grande São Paulo (762) e de Sorocaba (105). 

Os municípios que mais contabilizaram hospitalizações neste período foram Piracicaba (2.104), São Paulo (457) e São Pedro (164), também localizado na região de Piracicaba. 

Segundo o supervisor médico do Grau, em muitos casos, a pior lesão não é a que está visível, uma vez que a corrente elétrica passa pelos tecidos com menor resistência, causando maior impacto nos músculos, nervos e vasos. 

"A vítima pode ter arritmia cardíaca grave causada pelo choque, destruição muscular grave, queimaduras de pele nas áreas de entrada e de saída da corrente elétrica pelo corpo e, tardiamente, insuficiência renal aguda e até morte", afirma Feriani. 

Para o especialista, toda queimadura elétrica, mesmo as causadas por baixa voltagem, necessita de avaliação e cuidados médicos.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Norma regulamentadora de trabalho em altura é aprovada

NR 35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para trabalhos acima de 2 m do nível inferior
Da Redação




Foi publicada no Diário Oficial da União de ontem (27) a Portaria nº 313, que aprova a Norma Regulamentadora nº 35 de trabalho em altura, definido como toda atividade executada acima de 2 m do nível inferior onde haja risco de queda. A Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo seu planejamento, a organização e a execução.

A norma também faz referência às responsabilidades do empregador e do trabalhador. Caberá ao empregador a promoção de um programa para capacitação dos trabalhadores que realizem trabalho em altura.

Segundo a norma, trabalhador capacitado para o trabalho em altura é aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas. O conteúdo deve, no mínimo, incluir normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura, análise de risco e condições impeditivas, equipamentos de proteção individual, acidentes típicos e condutas em situações de emergência.

Caberá ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, além de garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas na NR 35 e desenvolver procedimentos para as atividades rotineiras de trabalho em altura.

Já o trabalhador terá a obrigação de cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador. Deverá também colaborar com o empregador na implementação da Norma, zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho e também poderá exercer o direito de recusa à atividade sempre que se constatar evidências de riscos a si ou a outros.

As obrigações gerais da NR-35 entram em vigor seis meses após sua publicação. A obrigatoriedade de treinamento e capacitação ofertadas pelo empregador entram em vigor daqui a 12 meses.

A portaria traz também a criação da Comissão Nacional Tripartite Temática (CNTT) da NR-35, com o objetivo de acompanhar a implantação da nova regulamentação.

A íntegra da portaria encontra-se disponível aqui.


quinta-feira, 1 de março de 2012

ELAT / INPE divulga imagens dos primeiros raios ascendentes registrados no Brasil

Escrito por Administrator

 
O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) capturou pela primeira vez imagens de raios ascendentes no Brasil. 
Quatro raios ascendentes que tiveram início a partir de uma das torres situadas sobre o Pico do Jaraguá, na cidade de São Paulo, e foram registrados em um intervalo de apenas vinte minutos. Eles foram gravados com uma câmera rápida de velocidade de 4000 quadros por segundo. Estas observações poderão contribuir para aperfeiçoar as normas de proteção contra raios no país.

“Esta é a primeira comprovação de ocorrência de raios deste tipo no Brasil”, afirmou Marcelo Saba, pesquisador do ELAT e responsável pelas observações.O registro de quatro raios ascendentes também foi algo que chamou a atenção dos pesquisadores. Este é um número muito alto ainda mais quando considerado o pequeno intervalo de tempo.

Para se ter uma noção comparativa, no Empire State Building, que foi construído com mais de 100 metros na cidade Nova York, ocorrem em média 26 raios ascendentes por ano.A grande maioria dos raios (99%) é nuvem solo, ou seja, raios que se originam nas nuvens e chegam ao chão. Apenas 1% dos raios é ascendente - partem de algo na superfície. Esses percentuais apenas se alteram em locais específicos, construções muito altas, onde o número de raios ascendentes pode superar os raios nuvem solo.


“Esta é a primeira comprovação de ocorrência de raios deste tipo no Brasil”
Marcelo Saba, Pesquisador do ELAT

Os raios ascendentes são em geral artificiais, no sentido de responder às alterações ambientais produzidas pela atividade humana. Eles se originam devido a construções elevadas, como torres de telecomunicação, ou pára-raios de edifícios altos.Os pesquisadores afirmam que estudos poderão estimar qual a freqüência e quais as condições (como a altura das estruturas e os tipos de nuvens e tempestades) para que o fenômeno ocorra. 
A pesquisa também poderá aprimorar os sistemas de detecção de descargas atmosféricas que monitoram a incidência de raios no Brasil. Em alguns países, como o Japão, raios ascendentes têm trazido grandes prejuízos quando atingem turbinas de geração eólica, e em um cenário em que este tipo de geração de energia tem grandes chances de expansão e aplicação no Brasil, torna-se relevante intensificar as pesquisas no país que apresenta a maior incidência de raios do mundo.

Poucos países possuem imagens deste fenômeno, entre eles os EUA, o Canadá, o Japão e a Áustria. Ainda assim, há pouco conhecimento sobre a física e as características dos raios ascendentes, o que torna este registro ainda mais importante para as pesquisas.

A equipe do ELAT responsável por este estudo é composta pelo pesquisador Dr. Marcelo Saba e os mestrandos Carina Schumann e Jeferson Alves.